segunda-feira, 25 de agosto de 2008

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Poema da Madrugada
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DIAGONAL
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Na luz da tua ausência o meu amor é feito de agonias
E, em mim, descem desertos e a solidão esparramada.
Precipito-me, deixo-me em farrapos e nos tons dos dias
Eu piro, viajo na maionese quando não me dizes nada...
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Há uma certeza na página que a primavera nos habita.
O amor busca com fúria em noturnos galopes silenciados
Eu e tu nesse poema sem lábios proferidos que eterniza
Os desejos, fronde e fronte dos nossos corpos entrelaçados...
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Beijar-te-ei os lábios na volúpia de mais uma noite contigo
Me virás assim, bem assim sobre o leito de rosas e jasmim.
-Rotas de paixões entrecruzadas... Oh, vem dormir comigo!
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Mas, visto-me da tua ausência e quem te fez assim céu e chão?
É que na diagonal existe um só mar, um só cais e um só barco
E nos teus olhos: a noite não cavalga, navega do teu coração...
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O Sibarita

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