terça-feira, 4 de novembro de 2008

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CRÔNICA DE UMA NOITE DE PRIMAVERA
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( Gary Benfield - Renaissance)
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..........Hoje, ao abrir os meus armários, constatei algo que nunca havia atinado: tenho roupas, sapatos e bolsas demais! Por que guardo o vestido da formatura, a bolsa do batizado da Lívia, os sapatos do Natal de 2002? A verdade é que a nossa sociedade de consumo nos impõe padrões que muitas vezes os aceitamos passivamente, sem contestarmos, sem nos conscientizarmos da necessidade ou não de tantos bens materiais...Por que e para que tantas roupas? Por que acumular tantas coisas, se uma grande parte da humanidade não tem praticamente nada para vestir, muito menos para comer? Vivemos em um mundo de aparências, onde as pessoas valem pelo que parecem ter. Como dizia Kalu Rinpoche: " Nós vivemos na ilusão e na aparência das coisas..."
..........Decidi: vou livrar-me de tanta bagagem, vou livrar-me da ilusão de reter coisas que não me servem. Com certeza, ficarei mais leve, mais livre dessas necessidades ilusórias e abrirei caminho para a sanidade e para a inteireza. A felicidade não mora nos meus armários e, para atingí-la, preciso ampliar a minha visão interior- não essa visão míope do mundo - para chegar a patamares mais elevados.
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Sylvia Narriman Barroso
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( Gary Benfield - Duo)
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Encontre nos seus sentimentos
a sua alegria...
Não procure nos valores
materiais a sua tristeza.
Ame... Ame com amor e jamais com interesse...
O carro é frio e insensível...
As roupas bonitas e coloridas
não representam nenhuma emoção...
O físico forte é atraente mas,
às vezes, decepcionante...
Sim, tudo é belo, mas nada é real
a não ser que você...
Ame... Ame com amor,
Pois vivemos em função
desse sentimento tão nobre...
Aquilo que é material
degenera e enferruja...
O dinheiro maltrata e mata...
As casas e prédios o tempo consome...
As roupas saem da moda...
O corpo apodrece...
O mundo acaba...
Mas o amor fica!
Ame... Ame com Amor...
Não pense naquilo
que você pode ganhar,
Mas no amor que você vai sentir.
Ame... Ame com amor,
E jamais finja que o sente
sem realmente senti-lo...
Ame... Ame sem carro, sem moto,
Pois o que vale é o coração...
Ame... Mas jamais esqueça:
AME COM AMOR
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Livia
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7 comentários:

Anônimo disse...

ei, ei, ei, minina, que confusão é essa? è muito simples. Olhe para sua foto, é só confirmar a mulher linda que está nela. Vá para o espelho, e confirme as suas atitudes, seu comportamente como ser humano, sua forma de pensar, sentir e fazer a vida. Não é lindo tudo isso? O poeta sente o outro na primeira letra articulada, na palavra lançada, na emoção entrelinhas. Ei, não só linda, mas principalmente sensível, inteligentíssima, carinhosa, sensual, poderosa, super generosa, responsável, vencedora, empreendedora e maravilhosamente linda.

grato,
beijo carinhoso
Geraldo Maia

Anônimo disse...

Moça, na verdade, na verdade para ser feliz não precisa nada disso, bens materiais, então, está certa ao fazer a limpeza das gavetas... Com certeza fará uma alegria imensa se doar aos menos favorecidos.

O que vale de bens é o espiritual, é a bondade, é a caridade, é a compreensão, é o perdão dentro do coração. São os nossos atos e atitudes para com os nossos semelhantes. É a mão amiga para aqueles que nos procuram em busca de uma palavra de conforto.

Eu a parabenizo por esta sábia decisão, só pessoas de coração bondoso e com uma visão espiritual alargada como você pode ter tal desprendimento.

A Lívia, tão jovem e, escrevendo como gente grande, está de PARABÉNS também pelo sensível poema que nos leva a uma profunda reflexão. É isso ai!

Bjs
N

Anônimo disse...

Sylvia, me esqueci de acrescentar no meu comentário já enviado para você ver esse vídeo no youtube que fala extamente disso o desapego das coisas materiais.

http://www.youtube.com/watch?v=0Z-2dFPcksk

Este vídeo foi feito dentro e fora do Elevador Lacerda, Praça Municipal e Mercado Modelo. É da Banda baiana Lampirõnicos vai gostar a letra da música é de quem? kkkk

Oi não precisa postar esse comentário. ok? Escrevi comentários em anônimo para não gerar problema para vc acho.

Eu também TE AMO!

bjs
Nelson Haroldo

Unknown disse...

Gostei muito do paralelo que nos mostrou.
Deus lhe ajude e lhe multiplique todos os dons no seu coração que é o único armário onde poderá guardar essas coisas.
Muitos dias me ponho a pensar não na quantidade de roupas que não tenho mas na quantidade de pessoas mal agasalhadas e mal alimentadas.
Penso que as roupas não nos interessam tanto como o poder ajudar todos aqueles que nada tem e a quem ninguem estende uma MÃO amiga. Um saber dar e ensinar para que no futuro não sejam escravos de suas vidas e da sua ignorância.

Unknown disse...

O poema da Livia está soberbo. Quem sai aos seus não degenera-diz o nosso povo e com razão. Em casa certamente terá bons mestres.
Deus te proteja e te ajude a dar-nos muitos poemas bons.

Anônimo disse...

Llegó una nueva entrada en http://elperroelocuente.blogspot.com/
Principios de cuentos y El comienzo en la novela de David Lodge. Saludos.
Jorge Aloy

Anônimo disse...

Sylvia

Sylvia me lembra uma rosa perdida entre entre outras rosas,
No meio dos espinhos e dos ventos gelados florindo em botão.
Clamando num grito silencioso por justiça, paz e pão.
Da sua vida fez doação ao serviço de outros seus irmãos
O tempo é um dom precioso que vai gerindo com sabedoria,
Fazendo impossíveis pelos que a vida lhe põem nas mãos.
Tem carinho e tempo para ouvir, ver e aconselhar com alegria,
Dando a todos algum remédio ou mesmo uma pomadinha
Que passando-a pelas feridas tanto cura como reconforta.
A tua imagem me acorda pela amizade e pela saudade
Dos laços entre nós criados por palavras e cumplicidade.
Queria ter um coração terno e bondoso, capaz de sorrir
E de encantar o teu nobre olhar aliviando as suas dores.
Gostaria de poder partilhar as horas de solidão
Quando o silêncio nos fere com ingratidão
E as noites nos fustigam de incompreensão.
luiscoelho

Obrigada ao meu amigo Luís por tão lindo poema.

Sylvia Narriman